[...] Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada.
[...] E se me achar esquisito,
respeite também.
até eu fui obrigado a me respeitar."
Clarice Lispector
Engraçado como a história se repete, Séneca (Lúcio Aneu Séneca, 4 a.C. – 65 d.C.) foi contemporâneo de Cristo, e naquela época já se falava de uma velocidade atroz do tempo, de uma sensação de fim; e olha que tudo estava apenas começando. Estávamos em meados do primeiro século depois que um Homem nasceu e tornou-se Deus e já atribuía-se tal qualidade ao tempo: velocidade. O que ele diria se, ao olhar da janela de sua casa, visse cores velozes, pessoas velozes, máquinas velozes, e outros inúmeros objetos passíveis de atribuir tal qualidade. Adjetivo de tempo ou espaço?
Foi surreal... derrepente caiu um algodão doce rosa da carroceria do carro da frente e foi direto pra baixo da minha roda dianteira direita!
Foi triste... tanta gente desejando comer um algodão doce numa manhã ensolarada de sábado e eu o atropelei!
Foi esmagador... ao olhar pelo retrovisor eu pude ver os restos do pobre algodão doce colorindo a rua de cor-de-rosa e adoçando amargamente a vida pobre das crianças desse mundo de meu Deus!
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